Questão 6

Ubirajara T Schier

6. Faça uma reflexão comparando as principais características dos pensadores racionalistas e empiristas, aponte e argumente as divergências mais significativas entre estas duas linhas de pensamento.

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Apesar de terem forte influência dos filósofos da antiguidade, estas duas linhas de pensamento se tornaram mais influentes a partir da idade moderna. De um lado, os racionalistas, representados principalmente por Descartes, Spinoza e Leibniz; de outro, os chamados empiristas, representados por Francis Bacon, John Locke e David Hume.

O objeto de estudo que tratam ambas as linhas de pensamento é a origem do conhecimento. Para os racionalistas a origem do conhecimento está na razão e, para os empiristas, a origem do conhecimento está na experiência sensível. Se por um lado os racionalistas não confiam nos sentidos físicos, os empiristas acreditam que todo o conhecimento só ocorre por meio deles. Dessa forma, a origem do conhecimento para os racionalistas nasce das chamadas “ideias inatas”, ou seja, de ideias primárias que possuímos e que antecedem os fenômenos. As ideias inatas por sua vez, por meio da razão, são processadas e daí derivam as ideias mais complexas. Os axiomas primários da matemática, como as operações de soma e subtração são exemplo de ideias inatas e, decorrentes destas as demais equações, as ideias complexas,  descobertas a partir da aplicação da razão sobre as ideias inatas. Os empiristas por sua vez não acreditam em ideias inatas, para eles, o ser humano nasce como uma “tábula rasa” (segundo Francis Bacon), onde as experiências dos fenômenos captadas pelos sentidos transforma-se nas ideias primárias quando processadas pela razão. As ideias complexas, para os empiristas, resulta do processamento racional das ideias primárias originadas a partir das experiências.

De uma forma geral, pode-se resumir no fato de que os racionalistas a origem dos conhecimentos está na razão e na abstração das ideias, pois acreditam que os sentidos físicos enganam. Os empiristas por sua vez acreditam única e exclusivamente que o conhecimento tem origem na experiência dos fenômenos que ocorre por meio dos sentidos físicos.