a citação abaixo foi extraída da obra de Richard Wilhelm:
“Toda mutação supõe um ponto constante que lhe sirva de referencial. Sem isso não poderá haver uma ordem definida e tudo se dissolveria num movimento caótico. Esse ponto de referência precisa ser estabelecido, o que exige em cada ocasião uma opção e decisão. Ele instaura um sistema de coordenadas no qual tudo o mais pode ser encaixado. Por esse motivo, no começo do mundo, assim como no começo de todo o pensamento, há a decisão, a determinação do ponto de referência. Teoricamente qualquer ponto referencial é possível, mas a experiência demonstra que desde o despertar de nossa consciência já nos encontramos inseridos em sistemas já estabelecidos de relacionamentos tão poderosos que tendem a prevalecer. O problema consiste agora em escolher seu próprio ponto de referência de modo a que coincida com o ponto de referência do vir a ser cósmico. Pois só assim se poderia evitar que o mundo criado por nossa própria decisão se destruísse por entrar em conflito com as estruturas de relacionamentos dominantes. Essa decisão pressupõe evidentemente a convicção de que o mundo, em última instância, é um sistema de referências integradas, um cosmos, não um caos. Esse derradeiro ponto de referência de toda mutação é então a não-mutação.
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