Um dos grandes auxílios que os xamãs do México antigo usaram ao estabelecer o conceito de guerreiro era a ideia de tomar a morte como uma companheira, uma testemunha de nossos atos. Dom Juan disse que, uma vez aceita essa premissa, mesmo numa forma mitigada, se forma uma ponte que se estende sobre o vazio entre o mundo de nossos afazeres mundanos e alguma coisa que está diante de nós, embora não tenha nome; alguma coisa que está perdida na neblina e não parece existir; alguma coisa tão terrivelmente obscura que não pode ser usada como ponto de referência e, no entanto, esta aí, inegavelmente presente.
Dom Juan argumentava que o único ser na terra capaz de cruzar essa ponte era o guerreiro: silencioso em sua luta, ele é um homem que não pode ser detido porque não nada a perder; e um homem funcional e eficiente porque tem tudo a ganhar.
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