“Qualquer coisa é um entre um milhão de caminhos. Portanto, um guerreiro deve sempre manter em mente que um caminho é apenas um caminho; se achar que não deve segui-lo, não deve permanecer nele em nenhuma circunstância. Sua decisão de permanecer no caminho ou abandoná-lo deve estar livre de medo ou ambição. Ele deve olhar cada caminho, de perto e deliberadamente. Há uma pergunta obrigatória que o guerreiro tem de fazer: esse caminho tem coração?
Todos os caminhos são iguais: não levam a lugar algum. Entretanto um caminho sem coração nunca é agradável. Por outro lado, um caminho com coração é fácil – ele não faz um guerreiro se esforçar para gostar dele; ele torna a viagem alegre; e, enquanto um homem o seguir, é um só com ele.”
Do livro A Erva do Diabo, de Carlos Castañeda.
A vida é semelhante a uma corrida, sem que se saiba quando se alcançará a linha de chegada. O essencial é que, quando a corrida acabar, ela tenha sido agradável. Na maioria das vezes, a corrida se torna desagradável ou desistimos dela antes mesmo de começar, justamente por medo que ela termine. Dessa forma, parece que a incerteza sobre quando a chegada ocorrerá nos força a desfrutar mais do percurso. Em contraste, a falsa sensação de segurança de que ela não terminará nos impede de realmente apreciar cada passo dado.