Resumo dos Fichamentos Selecionados
HOBUSS, João. Epieikeia e Particularismo na Ética de Aristóteles
ZINGANO, Marco. Particularismo Moral e a Ética Aristotélica. Dissertatio [36] 221-252, 2012.
ZINGANO, Marco. Particularismo e Universalismo na Ética Aristotélica. Analytica vol. 1, número 3, 1996.
BERTI, Enrico. Perfil de Aristóteles (2009). Tradução de José Bortoloni. São Paulo: Paulus, 2012.
BERTI, Enrico. As Razões de Aristóteles. Tradução de Dion David Macedo. São Paulo: Loyola, 1998.
HOBUSS, João. Epieikeia e Particularismo na Ética de Aristóteles
TOPICS: @Aristóteles @Charles Taylor @Christoph Horn @David Wiggins @Hobuss #Aisthêsis #Aristóteles.Ugp #Empeiria #Epieikeia #Phronimos
Com base no que foi desenvolvido neste texto, não há lugar na Ethica Nicomachea, especialmente no que concerne à equidade, para a defesa de um particularismo estrito, que renegue absolutamente o papel de regras gerais, pois inúmeras passagens da ética aristotélica comprovam a relação indissociável existente entre as regras, normas ou princípios gerais, e as particularidades da ação, na esfera propriamente moral, ou do caso, não âmbito especificamente jurídico, que é o que nos interessa quando tratamos da epieikeia.
Do mesmo modo que não podemos abandonar as regras gerais na argumentação de Aristóteles, mesmo limitando o seu alcance, parece bem razoável supor, a partir das evidências textuais, que a inversão supracitada parece mais capaz de dar conta do que Aristóteles sustenta, ou seja, que é nas circunstâncias da ação ou nas particularidades do caso que o phronimos ou o epieikes encontram sua raison d’être38. Se assim não fosse, não haveria motivo para Aristóteles salientar, quanto ao método, que a inextidão é o que perpassa a ordem prática, nem ressaltar o peso da percepção e da experiência, ligadas que estão à relevância do particular.
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- Epieikeia e o particularismo em Aristóteles;
- Leitura particularista da Ética de Aristóteles de David Wiggins;
- Concepção de “prático” de Aristóteles:
- Particularismo Estrito da Ética de Aristóteles em Wiggins e Taylor;
- Evidência de Particularismo em Aristóteles segundo Christoph Horn;
- Argumentação contra o que pode ser entendido como um “particularismo estrito” em Christoph Horn;
ZINGANO, Marco. Particularismo Moral e a Ética Aristotélica. Dissertatio [36] 221-252, 2012.
TOPICS:@Aristóteles.UGP @Aristóteles&Dancy @E. J. Lemmon @Jonathan Barnes @Jonathan Dancy @Zingano #Ética Aristotélica #Generalismo Moral #Linguagem Moral #Particularismo Moral #Universalismo Estrito
II – sobre o particularismo moral e a ética Aristotélica:
1. Definição da estrutura geral básica da Ética Aristotélica: As generalizações “nas mais das vezes”;
2. Dos 2 tipos de exceções existentes;
3. Passagens nas quais Aristóteles propõe o uso das generalizações “nas mais das vezes” para assuntos práticos;
4. Vantagens das generalizações “nas mais das vezes”;
5. Das semelhanças e diferenças entre as esferas práticas e teóricas (no que se refere às ciências naturais);
6. Que o discurso prático deve ser dado em linhas gerais e não precisamente;
7. Dos 2 tipos de sentenças proferidas: geral e particular (à exemplo da medicina e da navegação);
8. Da distinção entre demonstrar a verdade (ciência) e indicar a verdade (homem prático);
9. As duas classes de preceitos morais: as regras do tipo “na mais das vezes”, bem como decisões particularistas (à exemplo da medicina e da navegação);
10. De que o particularismo moral deriva da doutrina da mediedade;Conclusões:
“generalizações ‘nas mais das vezes’ produziriam sentenças do tipo ‘a maior parte dos F são G’”
“proposições gerais, do tipo “nas mais das vezes” (a maior parte dos F são G) são utilizadas com propósitos opostos. Um para demonstrar cientificamente a verdade e outro para indicar a verdade prática.”
“Assim, segundo Zingano, a doutrina da mediedade aplica-se, assim, somente as decisões particularistas (não para a regra “a maior parte dos F são G”)”
III – sobre o particularismo moral e a ética Aristotélica:
1. Dos 3 modelos para a Linguagem Moral;
(a) generalizações aberta às exceções, do tipo ‘nas mais das vezes’;
(b) universalizações estritas, que não admitem exceções; e
(c) decisões particulares, feitas sob medida para cada situação em que o agente se encontra.2. O problema segundo Zingano reside na incompatibilidade entre (a) e (c);
3. Reivindicação Particularista – Interpretação Forte;
4. Reivindicação Particularista – Interpretação Fraca;
5. Quanto as Universalizações estritas, que não admitem exceções: (a)
IV – problemas do particularismo moral na ética Aristotélica:
“Se isso é correto, e se tem que contar com uma estrutura tripartite (os 3 modelos da linguagem moral propostos no capítulo anterior), a questão agora é: a linguagem moral em Aristóteles apresenta uma imagem coerente, ou deveríamos antes falar de um tipo de colcha de retalhos, cujos principais elementos são aquelas três camadas já mencionadas?”
“Mas como reconciliar essas tautologias práticas com a principal ideia por trás da doutrina da mediedade, a saber, que um juízo prático é crucialmente dependente das circunstâncias e não pode ser determinado anteriormente às circunstâncias que circundam a ação? Aristóteles coloca maior peso em sua doutrina da mediedade, mas desde os tempos modernos, nos tornamos cada vez mais receosos que tal doutrina seja vazia, pois ela apenas diz que não se deve agir muito ou pouco. Agora, como agir virtuosamente é agir de acordo como o meio termo, e agir viciosamente é tanto exagerar quanto subutilizar uma coisa, esta celebrada doutrina parece ser apenas uma tautologia – e como tal não pode deixar de ser vazia. Então, mais uma vez, se encontra um sinal de incoerência no cerne da ética aristotélica: a doutrina da mediedade é presumida para nos dizer algo de substancial sobre o agir virtuosamente, mas de fato ela apenas expressa uma tautologia.”
V – soluções para os problemas do particularismo moral na ética Aristotélica:
1. Solução do recurso semântico;
2. Sobre ações que não aceitam meio-termo;
3. Sobre Universais positivos e negativos;
VI – por último, mas não menos importante, retoma J. Dancy
Em certo sentido, a razão padrão (default reason) de Dancy é exatamente este tipo de compromisso, isto é, ela apenas abre espaço para alguns princípios em ética, mas a moralidade basicamente equivale a uma decisão caso a caso. E como tal, a moralidade não requer tal suprimento de princípios servindo de fundamento.
Conclusões:
Penso que se nós retornarmos a Aristóteles, estaremos em uma melhor posição para ver por que e como qualquer sistema moral depende de um suprimento de regras universais. Na verdade, essas regras têm uma natureza peculiar. Elas são todas proposições universais negativas. Como mandamentos universais negativos, elas funcionam como proibições estritas. Como proibições estritas, elas traçam as fronteiras da moralidade. O que se deve fazer quando se está dentro desses limites não é determinado pelos mesmos – para Aristóteles, é tarefa do homem prudente determinar o que é a coisa correta a fazer, pois o homem com sabedoria prática leva em conta as circunstâncias em torno da ação, em uma forma tipicamente particularista. Mas o particularismo não pode funcionar sem que essas fronteiras tenham sido previamente traçadas em linhas (mais ou menos) espessas, não permitindo nenhuma exceção – e é por isso que ele depende crucialmente do suprimento de tais mandamentos negativos.
ZINGANO, Marco. Particularismo e Universalismo na Ética Aristotélica. Analytica vol. 1, número 3, 1996.
TOPICS: @Aristóteles.UGP #Aplicação Da Lei Em Aristóteles #Equidade #Inexatidão E Deliberação Em Aristóteles #Particularismo Moral
Quero fazer minha análise a partir de dois temas: primeiramente, investigarei a natureza da norma prática e seu objeto em Aristóteles; em segundo e último lugar, as condições de sua aplicação e avaliação. Estes dois pontos estão intimamente conectados e sua separação é somente um artifício de análise. Pretendo sugerir, como conclusão, que o particularismo, embora apreenda um aspecto importante da tese aristotélica, pode tornar-se muito facilmente um leito de Procusto para esse mesmo sistema.
CAPÍTULO I
1. Primeiro: São apresentadas as acepções do conceito de “necessário” de Aristóteles, que se apresentam em 3 sentidos (absolutamente necessário, necessidade hipotética, necessidade contingente – natural e indeterminada;
2. Quarto: Sobre das ações que podem ser deliberadas (as que não são obra do acaso), da disposição prática em deliberar e da criação do hábito;
3. Quinto: Do entendimento de que as ações morais seriam como as ações naturais;
4. Sexto: Da que se extrai que a razão é o princípio (causa) para a ação resultante de uma deliberação;
5. Sétimo: Das diferenças entre Kant e Aristóteles
Conclusão
Como resultado, a tese aristotélica da razão como princípio para deliberação da ação exclui, assim, a ideia de particularismo moral.
O particularismo não é assim favorecido pela tese da indeterminação da ação. Ao contrário, pode mesmo ser muito desfavorecido. Se a razão impõe a ordem lá onde reinava a indeterminação e se o domínio da razão é o domínio do necessário, o particularismo não parece encontrar aqui guarida privilegiada.
CAPÍTULO II
Primeiro: Sobre Particularismo moral e indeterminação (inexatidão) das circunstâncias na ética;
Segundo: “A é B nas circunstâncias C em vista do fim F para todo P”, os limites (extremos) da ética e as circunstâncias entre os extremos;
Terceiro: Doutrina Aristotélica da lei legal;
Quarto: Doutrina Aristotélica da lei legal x Particularismo Moral;
Quinto: Equidade e os limites do particularismo;
Sexto: As leis práticas como prescrições (onde pesam as circunstâncias) e os extremos como interdições morais (onde não pesam as circunstâncias);
Sétimo: O particularismo no sistema ético Aristotélico;
Conclusão
O particularismo tem assim seu lugar no sistema aristotélico na medida em que ao caráter indeterminado das ações acrescenta-se a indefinição das circunstâncias com valor moral. A indeterminação é de regra para toda e qualquer ação; mas a indefinição das circunstâncias não é sempre o caso. Às vezes um generalismo se impõe, às vezes um estrito universalismo. Se se estender o particularismo para toda ação, ele se torna rapidamente um leito de Procusto para o sistema aristotélico. Por outro lado, por trás da indefinição das circunstâncias há o fenômeno generalizado de indeterminação da ação. Todo dever é imposto pela razão sobre uma natureza indeterminada da ação.
BERTI, Enrico. Perfil de Aristóteles (2009). Tradução de José Bortoloni. São Paulo: Paulus, 2012.
Capítulo VI – AS CONDIÇÕES DA FELICIDADE INDIVIDUAL
1 . Caráter dialético e não científico da filosofia prática;
2. As Virtudes Éticas;
3. As Virtudes dianoéticas (hábito);
4. A amizade, o prazer e a felicidade;
Capítulo VII – AS CONDIÇÕES DA FELICIDADE COLETIVA
1. A Sociedade Política;
2. A comunidade doméstica: escravidão e economia;
3. Constituições e revoluções;
4. A constituição melhor, ou a cidade feliz;
BERTI, Enrico. Aristóteles no Século XX (1992). Tradução de Dion Davi Macedo. São Paulo: Loyola, 1997.
TOPICS: @Aristóteles @Bernard Williams @Gadamer @Rúdiger Bubner #Filosofia Prática Enrico Berti Macintyre Neoaristotelismo
Capítulo Quarto – O renascimento da filosofia prática
1. A nova filosofia política;
2. A “reabilitação da filosofia prática” na Alemanha (GADAMER, Rúdiger Bubner);
3. A filosofia prática de Aristóteles na atual filosofia anglo-americana (Macintyre, Bernard Williams);
BERTI, Enrico. As Razões de Aristóteles. Tradução de Dion David Macedo. São Paulo: Loyola, 1998.
(ver resumo no post)
TOPICS:@Enrico Berti#Diferença Entre Phronesis E Filosofia Prática#Filosofia Prática#Método Da Ciência Prática#Phronesis#Princípios Apreendidos Pela Percepção#Princípios Apreendidos Pelo Hábito#Princípios Apreendidos Por Indução#Silogismo Prático#Tipos De PrincípiosAs Razões De Aristóteles
O MÉTODO DA FILOSOFIA PRÁTICA
– A intenção tipológica;
– A phrónesis e o silogismo prático;
IRWIN, T. H. Ethics as na Inexact Science: Aristotle’s Ambitions for Moral (In: HOOKER, Brad. LITTLE, Margaret O. Moral Particularism. Oxford University Press, 2001).
The Inexactness of Ethics;
The Usual: ethical generalizations are usual;
Ethics and Variation;
Usual Principles and Ethical Science;
Why are Ethical Principles Usual?;
Conclusion:
Procurei mostrar que as passagens sobre prudência e percepção não requerem uma interpretação particularista que atribua prioridade normativa à percepção. Poderíamos ser tentados a aceitar uma interpretação particularista dessas passagens, se já estivéssemos convencidos de que as passagens sobre inexatidão e percepção requerem uma interpretação particularista. Da mesma forma, poderíamos ser tentados a aceitar uma interpretação particularista das passagens sobre exatidão e percepção, se já acreditássemos que esta é a única interpretação possível das passagens sobre prudência. O fato de várias passagens falarem de particulares e da necessidade de percepção nos leva razoavelmente a interpretar um grupo de passagens à luz do outro grupo. Argumentei que nenhum dos três grupos apóia uma interpretação particularista, de modo que nenhum deles cria uma presunção em favor de uma interpretação particularista dos outros grupos.
Por essas razões, as evidências que discuti não apóiam uma visão particularista. Tanto na ética como na ciência natural, Aristóteles acredita poder encontrar generalizações teoricamente significativas. Ele também acredita que, em ética, suas generalizações são significativas para o propósito principalmente prático da investigação ética.
GOTTLIEB, Paula. O Silogismo prático (In:Aristóteles e a ética à Nicômaco / Richard Kraut … [et al.] ; tradução de Alfredo Storck … [et al.]. – Porto Alegre : Artmed, 2009).
INTRODUÇÃO;
O LADO PRÁTICO DA DELIBERAÇÃO;
ANALOGIA ENTRE O SILOGISMO PRÁTICO TEÓRICO E A IMPORTÂNCIA DO TERMO MÉDIO;
A FORMULAÇÃO DO SILOGISMO PRÁTICO E O TERMO MÉDIO ANÁLOGO;
CONCLUSÃO;
A autora defende uma leitura particularista de Aristóteles
Finalmente, a premissa menor do silogismo prático aristotélico mostra como e por que não se pode ter sabedoria prática sem virtude ética e vice-versa (EN X.8.1178a16-17; cf. VI.13.1144b30- 1145a1). A notável aristotélica G.E.M. Anscombe errou, portanto, ao dizer que “o silogismo prático, como tal, não é um tópico ético”, mas acertou ao dizer que “‘raciocínio prático’ ou ‘silogismo prático’, o que quer dizer a mesma coisa, foi uma das maiores descobertas aristotélicas” (Anscombe, 1957, p. 78, 57-58).
WIGGINS, David. Deliberação e Razão Prática (In: ZINGANO, Marco. Sobre a Ética Nicomaquéia de Aristóteles. Odysseia Editora, 2010).
1. TRÊS TESES DA INTERPRETAÇÃO ARISTOTÉLICA (nota 1)
2. REFUTAÇÃO DA PRIMEIRA TESE. LIVRO 3 DA ETHICA NICOMACHEA
3. REFUTAÇÃO DA TESE (2): À TRANSIÇÃO PARA O LIVRO 6
4. À ESPECIFICAÇÃO DELIBERATIVA NO CONTEXTO DOS LIVROS 6-7: UM QUADRO SINÓTICO DE SUA INTERPRETAÇÃO E AVALIAÇÃO
5. DUAS PARÁFRASES DE ARISTÓTELES
6. ConcLUSÃO
O que é sumamente necessário aqui é precisamente o que Aristóteles nos fornece: um esquema conceitual que podemos aplicar aos casos particulares e que articula as relações recíprocas entre os interesses do agente e sua percepção de como as coisas efetivamente são ou estão no mundo; bem como um método de descrição de relaciona o ideal complexo que o agente busca, no desenrolar de sua vida, tornar real à forma que o mundo imprime sobre esse ideal, ao oferecer oportunidades e impor limitações.
Por vezes sou levado à desagradável suspeita que aqueles que sentem que devem buscar mais do que tudo isso oferece anseiam por uma teoria científica da racionalidade, não tanto motivados por uma paixão pela ciência, mesmo naquelas searas nas quais não pode haver uma ciência em sentido estrito, mas porque eles esperam e desejam que, mediante alguma alquimia conceitual, possam converter tal teoria numa disciplina reguladora e normativa ou então num sistema de regras por meio do qual eles pudessem se furtar de uma parcela dos tormentos do pensar, do sentir e do compreender que podem efetivamente (como eles acreditam) estar envolvidos na deliberação racional.
A. W. PRICE, On the so-called Logic of Practical Inference. In: O’HEAR, Anthony. Modern Moral Philosophy. Cambridge: Cambridge University Press, 2004.
Desejo contrastar duas estratégias para explicar tais inferências práticas;
Nossa questão é se existem quaisquer regras de inferência válida que sejam especiais para a inferência prática e forneçam um (se não o) critério de seu sucesso;
Podemos chamar a primeira estratégia de pragmática, a segunda de logicista. Eu defenderei primeiro sobre o segundo;
Ligada a uma escolha entre as estratégias pragmática e logicista está uma escolha entre diferentes maneiras de construir expressões de intenção.
II – Vamos agora começar a avaliar as perspectivas das estratégias rivais retornando a A1 e A2.
Minha conclusão até agora é esta: a inferência de um fim para um meio que é necessário mas não suficiente, pode ser lógica, mas não prática, enquanto a inferência de um fim para um meio que é suficiente mas não necessário, pode ser prática, mas não é lógica.
III – Passo agora ao raciocínio prático que compartilha a forma de B1 (quando sua conclusão expressa uma intenção);
IV – Pode haver uma lógica ou imperativos, ou de decretos? Se não, a estratégia logicista foi de qualquer maneira construída na areia. Vou me concentrar amplamente nos imperativos (que são os únicos decretos incontestáveis que se mantêm em relações claras de consistência e inconsistência); parte do que direi deve ser adaptável a decretos em geral;
V – Se nos recusarmos a arregimentar a inferência prática pela lógica da satisfação e da satisfatoriedade, e de fato rejeitarmos a própria ideia de uma lógica de imperativos e decretos, seremos levados totalmente de volta, sem a ilusão de andaimes lógicos, à teleologia de pensamento prático;
Conclusão:
Assim, sequências de intenções podem ser avaliadas como fazendo sentido, ou tendo sentido, da mesma maneira informal que sequências de atos: da intenção de fazer X, deduzo uma intenção de fazer Y, assim como farei Y para fazer (ou ser fazendo) X. A inteligibilidade do raciocínio prático deriva da inteligibilidade da ação para um propósito, e não vice-versa; pode-se dizer que esse tipo de pensamento é um ensaio mental de ação intencional.” Existem maneiras sensatas e menos sensatas de proceder tanto no pensamento como na ação; e a avaliação deve atender às contingências do caso, e não aspirar a aplicar um critério especial lógica.”
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